A camareira: voyerismo e solidão

Depois de ouvir falar, e muito bem, sobre esse livro não resisti e peguei para lê-lo. Quando comecei a ler, tive uma surpresa, é daqueles livros que parecem que vão te consumur se você não terminar logo. Li em menos de duas horas, sentindo as emoções da personagem principal. O livro traz a história de uma camareira muito curiosa, que começa a praticar o voyerismo. Depois de ter se escondido debaixo da cama de um hóspede do hotel, resolveu aderir à pratica todas as terças-feiras. Além disso, só observar não era suficiente, começou a procurar viver as mesmas experiencias. Depois de ler “A camareira” suas estadias em hoteis jamais serão as mesmas.

Sinopse: Lynn Zapatek vive desconectada do mundo. Trabalha no Hotel Eden, recolhendo toalhas sujas do chão, limpando vasos e banheiras, organizando os quartos enquanto os hóspedes estão fora. Ela é boa no que faz, e o faz com esmero: não se contenta em limpar a superfície visível dos móveis; com o auxílio de uma faca ela acessa cantos difíceis, redutos de poeira há muito esquecidos, e liquida nódoas aparentemente irredutíveis. Somente por meio dos objetos e pertences de desconhecidos é que ela consegue participar do jogo da vida. Lynn não se apressa ao imaginar se uma hóspede dormiu com ou sem pijama, por que outra trouxe um secador de cabelo, quando cada quarto do hotel conta com o seu próprio. Um dia, em meio a devaneios voyeurísticos, o hóspede do quarto 303 retorna. Lynn se esconde embaixo da cama. Uma nova possibilidade se abre para sua existência: a partir de então, todas as terças-feiras ela vai se refugiar embaixo da cama de um hóspede. Markus Orths, um dos mais premiados e promissores jovens nomes das letras alemãs, mescla fetiches, manias e suspense num celebrado e inusitado romance sobre a solidão e a incomunicabilidade.

Título: A camareira
Autor: Markus Orths
Editora: L&PM
Ano: 2011
Número de páginas: 136